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quarta-feira, 22 de junho de 2011

A CEGUEIRA MUNDIAL DAS MULHERES, ERA UMA VEZ...BOM MESMO.




A CEGUEIRA MUNDIAL DAS MULHERES


Olá. Li e pensei nos exemplos femininos próximos, digo que já vi de tudo. Uma coisa que eu não costumo ver é a admissão da deslealdade masculina. Vamos olhar o mundo no qual vivemos. Cadê a união masculina? Eu não vejo. Eles não podem admitir que a desunião entre eles é grande também, não é à toa que eles são a parte da população que mais mata e morre. Isso é o oposto da união. Quem fomenta guerras, produz armas, levanta muros e cria empresas de vigilância não sabe o que é isso.
Essa coisa de dizer que só mulheres são traíras umas com as outras faz parte do discurso, é uma cortina de fumaça, é uma projeção, uma atitude infantil. Mentem tanto que eles próprios acabam por acreditar.
Perdi a conta das cantadas que levei de 'amigos de infância' de namorados meus. A união entre eles é baseada no 'não vejo, não ouço, não falo'. Nunca contei porque sabia que nenhum 'acreditaria'. Um desses 'amigos' depois de muito me assediar, disse que mesmo que eu contasse, meu namorado não me daria razão. É esse tipo de 'união' que tanto invejamos?
Mulheres são mero reflexo disso, nada mais. Querem saber o que é um bando de homens unidos? Visualizem um monte de avestruzes juntos com a cabeça enterrada na areia. Pintaram o quadro? Perfeito. Nós mulheres precisamos parar de nos autovitimizarmos, de achar que nós somos as problemáticas e que os homens atuais são um exemplo a serem seguido. Não são! Nunca foram! Eles não são unidos! Nunca foram! Não podemos mais continuar contando suas histórias como se fossem nossas.

ju

Bom mesmo


Tem uma crônica do Paulo Mendes Campos em que ele conta de um amigo que sofria de pressão alta e era obrigado a fazer uma dieta rigorosa. Certa vez, no meio de uma conversa animada de um grupo, durante a qual mantivera um silêncio triste, ele suspirou fundo e declarou:
- Vocês ficam ai dizendo que bom mesmo é mulher. Bom mesmo é sal!
O que realmente diferencia os estágios da experiência humana nesta Terra é o que o homem, a cada idade, considera bom mesmo. Não apenas bom. Melhor do que tudo. Bom MESMO.
Um recém-nascido, se pudesse participar articuladamente de uma conversa com homens de outras idades, ouviria pacientemente a opinião de cada um sobre as melhores coisas do mundo e no fim decretaria:
- Conversa. Bom mesmo é mãe.
Depois de uma certa idade, a escolha do melhor de tudo passa a ser mais difícil. A infância é um viveiro de prazeres. Como comparar, por exemplo, o orgulho de um pião bem lançado, o volume voluptuoso de uma bola de gude daquelas boas entre os dedos, o cheiro da terra úmida e o cheiro de caderno novo?
- Bom mesmo é o cheiro de Vick VapoRub.
Mas acho que, tirando-se uma média das opiniões de pré-adolescentes normais brasileiros, se chegaria fatalmente à conclusão de que nesta fase bom mesmo, melhor do que tudo, melhor até do que fazer xixi na piscina, é passe de calcanhar que dá certo.
Mais tarde a gente se sente na obrigação de pensar que bom mesmo é mulher (ou prima, que é parecido com mulher), mas no fundo ainda acha que bom mesmo é acordar na segunda-feira com febre e não precisar ir à aula.
Depois, sim, vem a fase em que não tem conversa. Bom mesmo é sexo!
Esta fase dura geralmente até o fim da vida, mesmo quando o sexo precisa disputar a preferência com outras coisas boas (“Pra mim é sexo em primeiro e romance policial em segundo, mas longe”). Quando alguém diz que bom mesmo é outra coisa, está sendo exemplarmente honesto ou desconcertantemente original.
- Bom mesmo é figada com queijo.
- Melhor do que sexo?
- Bom...Cada coisa na sua hora.
Com a chamada idade madura, embora persista o consenso de que nada se iguala ao prazer, mesmo teórico, do sexo, as necessidades do conforto e os pequenos prazeres da vida prática vão se impondo.
- Meu filho, eu sei que você aí, tão cheio de vida e de entusiasmo, não vai compreender isto. Mas tome nota do que eu digo porque um dia você concordará comigo: bom mesmo é escada rolante.
E esta é a trajetória do homem e seu gosto inconstante sobre a Terra, do colo da mãe, que parece que nada, jamais, substituirá, à descoberta final de que uma boa poltrona reclinável, se não é igual, é parecido. E que bom, mas bom MESMO, é nunca mais ser obrigado a ir a lugar nenhum, mesmo sem febre.
Luiz Fernando Veríssimo


Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!
Luiz Fernando Veríssimo

TENHAM UMA BOA TARDE!

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