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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

QUANDO SE PERDE TUDO!

Pessoas transformadas pela perda, famílias inteiras separadas, novos órfãos entregues à própria sorte, tristeza estampada no rosto, lágrimas escorrendo pela face. Esse é o retrato amargo da catástrofe recentemente ocorrida no Rio de Janeiro e que muda vidas.
Como deve ser para essas pessoas o dia seguinte e como é transpor a adversidade mais adversa que se tem notícia, que é perder tudo: o chão, literalmente, os familiares, a casa, o lar?
Estou aqui somente lançando mão da teoria, porque sou - talvez do mesmo modo como você que está lendo - privilegiada por nunca ter passado por uma situação como essa. Vivemos perdas ínfimas se comparadas ao que essa gente de fato está vivenciando.
Ao se deparar com o nada, como seguir em frente e ter forças para recomeçar? Alguns moradores relatavam que estavam na cama, fazendo suas orações, quando aconteceu a tragédia, arrastando-os com árvore e tudo morro abaixo. São depoimentos que nos entristece e nos traz à tona nossa fragilidade como humanos.

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O que não nos mata nos faz fortes
A partir dessa situação ocorrida não só no Rio de Janeiro, mas em São Paulo, no Haiti e em Santa Catarina não faz muito tempo, é importante tirar lições que vêm da crise. Ressalto aqui a lição que vem da árvore carvalho. Cultuado pelos celtas na antiguidade como ponte com a espiritualidade e o divino, o carvalho é uma árvore tão forte que se curva mas resiste às mais terríveis tempestades, verga mais não quebra. De raízes profundas, a tempestade é uma oportunidade para se fortalecer e se tornar mais forte e resistente às intempéries.
Lógico que não somos árvores, flores ou pedras. Mas Deus nos deixou a natureza como amparo para essas horas mais difíceis, essa mesma natureza que nos dá avisos de que nos comportamos muitas vezes como predador e acabamos, infelizmente, pagando pelas consequências de nossos próprios atos. Prova de que, para toda ação, existe uma reação, geralmente causada por nós mesmos e que temos que dar conta de pagar - por mais sofrido que seja.

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A lição que vem da águia
Para ilustrar o que a natureza nos ensina, um exemplo muito interessante é o da águia, que vive 70 anos e precisa passar por uma transformação quando atinge os 40 anos. Nessa idade, as unhas compridas e flexíveis impedem de agarrar as presas das quais se alimenta e o bico alongado e pontiagudo curva-se. Apontando contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas. Voar já é precário e muito difícil.
Ela precisa passar por um processo doloroso de cinco meses, onde vai viver o próprio inferno interno. Para poder viver por mais 30 anos, ela se isola e começa a bater com o bico no paredão até arrancá-lo. Com o novo bico, arranca suas próprias unhas e, quando estas começam a nascer, é hora de arrancar as velhas penas.
Um sofrimento que Deus permite para que sobressaia o bem, ou seja, mais vida.

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A atitude de fé de Jó
Se as perdas são inevitáveis, a grande questão é saber como reconstruir sobre os estragos. Na Bíblia, existem vários exemplos de gente que contou apenas com a fé para colar os cacos depois de viver grandes tragédias pessoais.
O caso mais clássico é o de Jó que, segundo narra a Bíblia, era um homem íntegro, próspero e feliz, mas num único dia seu mundo caiu: perdeu os filhos num desabamento, teve os bois e os camelos roubados, perdeu as ovelhas num incêndio e contraiu uma doença que causava feridas dos pés à cabeça.
Ao contrário do que qualquer humano suportaria e com certeza iria questionar onde estaria a bondade de Deus, Jó louvou ao senhor pelo infortúnio e, passada a dura prova, depois de muitos questionamentos e respostas, a Bíblia diz que Jó foi mais abençoado na última parte de sua vida do que na primeira.
Isso nos faz ter a certeza íntima de que o sofrimento é uma forma que Deus utiliza para nos revelar a nós mesmos. Frente a frente com a tragédia ou em situações adversas, revelamos nossa força ou fraqueza, nossa fé, enfim, quem realmente somos quando tudo está contra nós.
Temos uma singela declaração de Jó que serve para os dias mais angustiantes: "Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora meus olhos te veem". Após todo o sofrimento de Jó e de viver o escárnio sobre si mesmo, Deus consolou Jó com uma revelação sobrenatural sobre si mesmo respondendo a Jó de forma magnífica através de um redemoinho. Jó conheceu a Deus através do sofrimento. Essa escolha depende de cada um de nós nas mais diversas situações de vida que se descortinam à frente.

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     TENHAM UMA BOANOITE!