Seguidores

terça-feira, 22 de março de 2011

NADA É PARA SEMPRE



NADA É PARA SEMPRE?
ISSIS ANTUNES
NADA DURA PARA SEMPRE,ISSO É UMA VERDADE ABSOLUTA,
DE QUE SERVE A VIDA?
,SE VOCÊ NÃO FOR A LUTA, SE NÃO BATALHAR PELO QUE SE QUER.
OU SE GANHA OU SE PERDE É A VIDA!
ETERNO É UMA FRAÇÃO DE SEGUNDO QUE CHEGA COM TAMANHA INTENSIDADE,
QUE PRETIFICA, SÃO MOMENTOS INESQUECÍVEIS, QUE NOS MARCAM A VIDA INTEIRA, FAZ NOSSO CORAÇÃO BATER ACELERADO, AS PERNAS TREMEREM, A VOZ FALHAR..
SÃO MOMENTOS NUNCA ESQUECIDOS, AQUELES QUE GRAVAM NA MEMÓRIA, NO CORPO E NA ALMA. QUE NADA ACALMA E QUE NOS FALTA..
DESCOBRIMOS QUE PESSÔAS ESPECIAIS JAMAIS SERÃO ESQUECIDAS PASSE O TEMPO QUE PASSAR, AS VEZES NOS BATE UMA SAUDADE DOÇE E AO MESMO TEMPO DOLORIDA, NÃO SE TEM O CONTROLE DO TEMPO, DA VIDA, DAS COISAS QUE PERDEMOS, MOMENTOS IDOS, JAMAIS VOLTARÃO,SE PERDERAM NO TEMPO.
AQUELE BEIJO, AQUELA PESSOA , NUNCA SE ESQUECE, O TEMPO PASSOU MAS O GOSTO DAQUELE BEIJO FICOU,,CONGELADO EM NOSSA MENTE..
DESCOBRIMOS QUE SE APAIXONAR É INEVITÁVEL, MAS FICAR COM AQUELA PESSOA É OUTRA COISA.
NEM SEMPRE TODAS AS HISTÓRIAS DE AMOR TÊM FINAIS FELIZES, AS VEZES NOS DESENCONTRAMOS, NOS PERDEMOS NA RODA DA VIDA, QUEM SABE PARA SEMPRE.,SERÁ QUE ESSA PESSOA AINDA SE LEMBRA DE MIM/, DE VOCÊ, DE VEZ EM QUANDO?
, QUANDO OUVE UMA MÚSICA,, QUANDO OUVE UMA PALAVRA, UM GESTO, UMA PALAVRA, SERÁ?
UM DIA DESCOBRIMOS QUE TODO ESSE TEMPO VIVIDO NÃO FOI SUFICIENTE PARA REALIZARMOS OS NOSSOS SONHOS, AINDA FALTA MUITA COISA PARA FAZER,, TEMOS AGORA DUAS PERPECTIVAS:
OU NOS CONFORMAMOS E DEIXAMOS O TEMPO CORRER, OU CORREMOS ATRÁS DE NOSSOS SONHOS, AINDA QUE SEJA UM SONHO LOUCO.
E QUEM NÃO É LOUCO OU INCONSEQUNENTE , O QUE VOCÊ PODE PERDER/
SE TUDO ESTÁ PERDIDO, QUEM SABE UM MILAGRE ACONTEÇA E A SUA A MINHA HISTÓRIA APENAS ESTEJA COMEÇANDO.




A TRISTEZA PERMITIDA (Marta Medeiros)



Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.
Martha Medeiros



TENHAM UMA LINDA TARDE!