ANTÔNIO CARLOS DE FARIA. Ao sentir o afloramento da angústia, a Glorinha não tem dúvidas. Vai sempre ao shopping, onde compra um acessório, algo extremamente essencial, com o poder de tornar sua vida menos faltosa. Daquele tipo que logo depois é apenas mais um item supérfluo dentro de casa. O Leopoldo, quando fica angustiado, procura encontrar a cara metade. Já a encontrou algumas vezes, tanto que em alguns casos paga pensão decidida em Justiça, comprovando o quanto a tal metade era cara. Hoje, procura opções mais baratas, mas continua pagando. Quando o Joselito se angustia, toma um porre. Para ele, não cola essa história de que copo vazio está cheio de ar. Copo vazio deixa o Joselito angustiado. Afinal, não vê graça em apenas respirar. O Godofredo é zen, ou pelo menos está se esforçando para ser. Quem sabe assim arranja um jeito de neutralizar a maldita angústia que o consome. Ele aprendeu técnicas de meditação e relaxamento. Sua esperança é encontrar um mestre iluminado que lhe revele o sentido da dor. Por enquanto só encontrou paliativos, mas ele não desiste. A Luísa já passou dessa fase. Ela não busca mais o mestre. Já o encontrou e toda semana vai reverenciá-lo em um culto que a deixa em êxtase. A sensação dura algumas horas. Quando a angústia volta, ela começa a falar silenciosamente com o mestre. Conversa bastante, para ver se a maldita passa. O Júlio arranjou um jeito de lucrar com a angústia. Quando ela bate, ele pinta um quadro. Quanto maior for a bendita, mais prazer ele destila com os pincéis e as tintas. A energia flui dos cantos mais escuros para a claridade da tela. É certo que ele ainda não vendeu nenhum quadro. Seu lucro não é monetário. Por enquanto é um ganho pessoal, intransferível. Uma sensação de gozo que perdura na obra artística. Ele já tentou explicar seu método de relação com a angústia para os amigos. Logo percebeu que esse não é um conhecimento que se possa dividir, mesmo com quem se goste. Melhor do que falar, é mostrar seus quadros. Alguns amigos não entendem o que Julio pinta. Eles ficam angustiados vendo seus quadros. O pintor se angustia quando os amigos ficam assim. Aí ele pinta outras telas. De uns tempos para cá, o Júlio também resolveu escrever crônicas, algumas vezes poesia. Um crítico, que não entendeu nada, disse que o texto do Júlio era hermético como uma pintura abstrata. O pintor-cronista-poeta ficou maravilhado.
TENHO SETE BLOGS, QUE DE UM DIA PARA OUTRO EU NÃO CONSEGUIA MAIS ACESSAR MINHA CONTA E MEUS BLOS ESTE É O BLOG DA REVOLTA!FIZ MINHA CONTA DE NOVO RECUPEREI, O MESMO ENDEREÇO, AGORA OS BLOGS, NEVER MOR!
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domingo, 29 de maio de 2011
.MESMICE,AO SENTIR O AFLORAMENTO DA ANGUSTIA.
ANTÔNIO CARLOS DE FARIA. Ao sentir o afloramento da angústia, a Glorinha não tem dúvidas. Vai sempre ao shopping, onde compra um acessório, algo extremamente essencial, com o poder de tornar sua vida menos faltosa. Daquele tipo que logo depois é apenas mais um item supérfluo dentro de casa. O Leopoldo, quando fica angustiado, procura encontrar a cara metade. Já a encontrou algumas vezes, tanto que em alguns casos paga pensão decidida em Justiça, comprovando o quanto a tal metade era cara. Hoje, procura opções mais baratas, mas continua pagando. Quando o Joselito se angustia, toma um porre. Para ele, não cola essa história de que copo vazio está cheio de ar. Copo vazio deixa o Joselito angustiado. Afinal, não vê graça em apenas respirar. O Godofredo é zen, ou pelo menos está se esforçando para ser. Quem sabe assim arranja um jeito de neutralizar a maldita angústia que o consome. Ele aprendeu técnicas de meditação e relaxamento. Sua esperança é encontrar um mestre iluminado que lhe revele o sentido da dor. Por enquanto só encontrou paliativos, mas ele não desiste. A Luísa já passou dessa fase. Ela não busca mais o mestre. Já o encontrou e toda semana vai reverenciá-lo em um culto que a deixa em êxtase. A sensação dura algumas horas. Quando a angústia volta, ela começa a falar silenciosamente com o mestre. Conversa bastante, para ver se a maldita passa. O Júlio arranjou um jeito de lucrar com a angústia. Quando ela bate, ele pinta um quadro. Quanto maior for a bendita, mais prazer ele destila com os pincéis e as tintas. A energia flui dos cantos mais escuros para a claridade da tela. É certo que ele ainda não vendeu nenhum quadro. Seu lucro não é monetário. Por enquanto é um ganho pessoal, intransferível. Uma sensação de gozo que perdura na obra artística. Ele já tentou explicar seu método de relação com a angústia para os amigos. Logo percebeu que esse não é um conhecimento que se possa dividir, mesmo com quem se goste. Melhor do que falar, é mostrar seus quadros. Alguns amigos não entendem o que Julio pinta. Eles ficam angustiados vendo seus quadros. O pintor se angustia quando os amigos ficam assim. Aí ele pinta outras telas. De uns tempos para cá, o Júlio também resolveu escrever crônicas, algumas vezes poesia. Um crítico, que não entendeu nada, disse que o texto do Júlio era hermético como uma pintura abstrata. O pintor-cronista-poeta ficou maravilhado.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
O ESPELHO, PARA SE ROUBAR UM CORAÇÃO...,LUIZ FERNANDO VERRÍSSIMO
O ESPELHO!
ISSIS ANTUNES
OLHO DIANTE DO ESPELHO E NADA VEJO,ALEM DO QUE JÁ VI.
LUTEI, TRAVEI BATALHAS, CHOREI, CAÍ, LEVANTEI E SOBREVIVI,
LUTEI TANTO ,PARA CHEGAR A LUGAR NENHUM,
LUTEI POR NADA, EMPUNHEI MINHA ESPADA, NUMA LUTA DESIGUAL, CRUEL E DESUMANA.
ACREDITEI EM COISAS IMPOSSÍVEIS,
QUE PODERIA MUDAR O MUNDO,
ACREDITEI QUE PODERIA MOVER MONTANHAS,NÃO IMPORTAVA COM TAMANHO,
EU TINHA FÉ DE SUPERAR O IMPOSSÍVEL ,SER EU MESMA A HEROÍNA,
MAS A VIDA TUDO DESANIMA, TUDO QUE É BOM CONTAMINA,
MATA TUDO O QUE É LINDO, NEM MESMO A MAIS PURA DAS ALMAS SOBREVIVERIA AO CAOS DA MINHA EXISTÊNCIA.
EMERGI NAS PROFUNDEZAS E SUCUMBI A REALIDADE TERRENA,
LUTEI, GRITEI, TENTEI ME LEVANTAR,MAS NINGUÉM OUVIU,NINGUÉM SE IMPORTOU
HÁ MUNDO CRUEL, MUNDO SURDO,
CORRIA TANTO QUE NÃO PAROU PARA ME AJUDAR.
QUIS FUGIR DAQUI TANTAS VEZES,
DAQUI, MAS NÃO SABIA PARA ONDE, E DEPOIS ACORDEI CAÍDA DIANTE DESTE ESPELHO SEM REFLEXO,
NÃO SABENDO ONDE COMEÇAR
E TAL QUAL A CRIANÇA EU AINDA
NÃO PERDI O QUE DE BOM TENHO EM MIM
EU AINDA POSSO SONHAR.
"Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você."
terça-feira, 17 de maio de 2011
EU FINJO,AMOR O ETERNO APRENDIZADO.
EU FINJO!
ISSIS ANTUNES
EU FINJO!
INVENTO UM MUNDO LINDO!
PORQUE ESTE, ESTÁ IRRESPIRÁVEL EM TODOS OS SENTIDOS.
EU FINJO!
PARA SOBREVIVER,MAS É DIFÍCIL NÃO ENXERGAR ESSE MUNDO DO MAL,
TANTAS MALDADES ,TANTOS DESAMORES,TANTAS PESSOAS SE DROGANDO
SE SUICIDANDO, TENTANDO AMENIZAR SUAS DORES,
EU FINJO!
QUE TUDO ESTÁ BEM,
FINJO DEMAIS!
PARA NÃO MORRER DE TRISTEZA,
AQUI PODERIA SER UM MUNDO DE AMOR,
EU SOU TÃO SOLITÁRIA E NINGUÉM PODE ME ENTENDER
NEM EU MESMA NEM VOCÊ..
SONHO SOZINHA , POIS SOU UMA SÓ OU TALVEZ MUITAS
QUE SONHAM COM UM MUNDO DE AMOR,DE IGUALDADE,
SEM VIOLÊNCIAS, SEM MALDADES .
MESMO EM MULTIDÕES, ESTOU SOLITÁRIA.
VIVO A DERIVA, NUM MUNDO SÓ MEU,NÃO NUMA REDOMA,
NÃO DIGO PERFEITO , MAS É MELHOR QUE ESTE,, PARA MIM.
EU FINJO!
PARA NÃO MORRER DE TRISTEZA AO VER O NOTICIÁRIO DO DIA,
IRMÃO MATANDO IRMÃO,
MÃES SEM CORAÇÃO, MATANDO FILHOS,
QUEM NÃO TEM, IRIA AMAR DE TODO CORAÇÃO
E OUTROS PUNINDO SEM CORAÇÃO
NA SUA PREFERÊNCIA SEXUAL,
OUTROS MATANDO AGREDINDO,
E O AMOR DE VERDADE??
ABANDONADO?????
NÃO DÁ PARA FINGIR O TEMPO TODO,
NEGRO E CRUEL.
AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA. AMOR-O INTERMINÁVEL APRENDIZADO.